sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

OAKLEY - BARRY McGEE




OAKLEY HIJINX tm -

Robert Pimple a.k.a Barry McGee




As instalações de multimídia anárquicas e divertidas de Barry McGee combinam com os impulsos transgressivos e autoritários de grafite com as técnicas consideradas de prática artística formal. Por mais que ele diga que os dois são praticamente separados - "faço trabalho interno/externo" - sem dúvida, McGee tenta encurtar a enorme distância entre a atmosfera espontânea e descontrolada da arte de rua e o cubo branco planejado da galeria. Refletindo formas de arte punk , alternativas, folclóricas e outras não - institucionais, seus ambientes de multimídia combinam resíduos de cultura urbana com elementos formais, tradicionais ou de pinturas, gerando um diálogo ambivalente entre os dois espacos. Objetos encontrados, descartados e reciclados, veículos capotados, figuras motorizadas, componentes de áudio, e monitores de video existem ao lado de retratos, textos, montagem de fotos enquadradas e desenhos, e sessões geométricas de "papel de parede" com campos de cor. Suas instalações também tem um certo grau de obstinação humorística: uma exposição recente incluiu uma escultura de uma mão segurando uma lata de tinta de spray saindo de uma camuflagem folhosa comica em grafite - dando uma forma literal e metafórica ao desejo do artista de ver "a evidência da mão humana em um lugar, em um momento, e então somente na memória".

Uma empatia com a cultura jovem e um desejo de propagar um discurso diferente da publicidade comercial sao a base do trabalho de McGee. "Com aversão 'a cultura de desejo de consumo," como ele descreve, McGee expressa a prática inerente desordenada de grafite - uma que inunda a paisagem com (por definção) marcas potencialmente perturbadoras nao solicitadas _ como uma correção ao desequilíbrio corporativo. Para os Governos grafite é vandalismo, para outros, isto é, para os que praticam, uma forma de expressão, uma identidade, uma comunidade e um escape. MCGee surgiu com uma figura importante na história do grafite em São Francisco começando na década de 1980 sob o nome de "Twist". Suas imagens reconhecidas de rostos caricatos, sombrios e abatidos inspirados nas pessoas desabrigadas e nômades nas ruas da cidade, frequentemente acompanhadas de textos, geravam comentários apesar de passageiros sobre a condição esquecida de estrangeiros em uma comunidade. Esses personagens aparecem em suas instalações de varias formas, incluindo desenhos e fotos. A temporalidade dessa linguagem visual e a urgência de sua comunicação transmitem uma história que é continuamente reescrita, apagada e escrita novemente. Como McGee comentou "Gosto da sensação do trabalho nas ruas - é como um relance ou algo que você só captará". Willem de Kooning, um artista cujas abstrações caóticas podiam de alguma forma ser comparadas aos gestos descontrolados do grafite, uma vez referiu-se ao "relance" de um momento inquantificável como uma inspiração que e rapidamente sentida e entao incessantemente perseguida. A manifestação dessa sensação efêmera é perpetuamente impossível de agarrar, esta presente no método de trabalho de McGee, tanto uma frustração, quanto um ímpeto contínuo. Suas marcas, tanto na galeria quanto nas ruas, tem uma existência finita, parte do rodízio de tempo e memória. Em meio a cacofonia temporal dos trabalhos de McGee, encontramos a evidência bagunçada de vida e o páthos absurdo da existência humana.

http://www.gallerypauleanglim.com/Gallery_Paule_Anglim/Barry_McGee.html

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